Petrobras quer punições mais severas para furto de combustíveis
Com perdas acumuladas de ao menos R$ 600 milhões e 42 milhões de litros de combustíveis nos últimos quatro anos, com furto de petróleo e combustíveis em seus dutos, a Petrobras lançou o Programa Integrado Petrobras de Proteção de Dutos (Pró-Dutos). O objetivo é prevenir furtos de combustíveis da malha de oleodutos operada pela Transpetro. Em 2018, foram 261 ocorrências, 15% a mais do que no ano anterior e 250% a mais do que em 2016.
Embora a rede de 14 mil quilômetros de dutos da empresa passe por 14 estados, a companhia registrou que 83% das ocorrências em 2018 aconteceram no Rio e em São Paulo. Por isso, assinou convênio com os governos dos dois estados para atuação conjunta na prevenção e repressão desse crime.
A estatal quer também a adoção de penas mais severas, com a criação de lei que trate especificamente deste tipo de crime. Hoje quem é preso após roubar petróleo, gasolina ou diesel é enquadrado na lei que trata de organização criminosa ou furto qualificado.
Além disso, a empresa quer incentivar denúncias de irregularidades. Por isso, pretende ainda fazer uma campanha para esclarecer moradores de áreas vizinhas aos dutos sobre os riscos envolvidos no desvio de combustível, frisando que a atividade pode resultar em danos ambientais, risco à vida e de desabastecimento de combustíveis.
Por Denise de Almeida