por Márcia Alves

Um selo de eficiência energética, idêntico ao usado em geladeiras e aparelhos de ar condicionado, agora também será afixado no vidro dos automóveis novos para identificar os modelos que consomem menos combustível. Desde abril, o uso das etiquetas é obrigatório para as oito montadoras que participam do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro. Em 2011, 67 modelos já saiam de fábrica com a etiqueta, neste ano serão 157 versões de 105 modelos, que correspondem a 55% do volume de vendas do mercado brasileiro.

A classificação na etiqueta vai de “A” (mais eficiente) até “E” (menos eficiente). Pelos cálculos do Inmetro, o consumidor que optar por um modelo de carro mais eficiente poderá economizar até R$ 5.315,50 em cinco anos, dependendo da categoria do veículo. No caso dos modelos compactos, o carro com a classificação “A” poupará R$ 611,87 em um ano comparado a um veículo com nota “E”. Em cinco anos, a economia será de R$ 3 mil, considerando 40 km rodados por dia.  Segundo o Inmetro, o veículo mais eficiente faz 11,7 km por litro de gasolina, enquanto o menos eficiente apresenta um desempenho de 9,4 km/litro.

Nos veículos flex fuel, as etiquetas apresentarão os valores de consumo de etanol e gasolina convertidos em joule – unidade que mede a energia produzida. Além disso, a etiqueta de eficiência energética informará os valores de referência da quilometragem por litro, na cidade e na estrada, com diferentes combustíveis. Esses valores foram obtidos por meio de medições de consumo efetuadas em laboratório, conforme norma NBR 7024, que determina a realização dos testes com o uso de combustíveis padrão e adoção de ciclos de condução preestabelecidos. Para 2013, o Inmetro também avaliará as emissões de CO2 de cada participante do programa.