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    por Márcia Alves 

 

 

BR Petrobras recupera força da marca

 

Dois anos depois da Lava Jato, marca volta a ser a mais forte do mercado de distribuição.

 

Até 2015, a distribuidora BR Petrobras foi a marca líder do mercado. Mas, depois de sofrer os impactos da Lava Jato, perdeu essa posição. Agora, porém, a imagem da BR começa a se recuperar perante o consumidor, se­gundo pesquisa da CVA Solutions com mais de 6 mil consumidores em todas as regiões.

 

O resultado mostra que a BR Petrobras é a pri­meira opção em postos de combustível para maioria dos brasileiros (34,8%). Mas, fica para trás da prin­cipal concorrente, Ipiranga, quando o recorte se dá nas regiões Sul e Sudeste, além da preferência dos clientes no quesito programa de fidelidade e lojas de conveniência.

 

De acordo com a CVA, as duas maiores redes possuem força de marca equivalente, mas com leve vantagem da Ipiranga no valor percebido. A Ipiran­ga, além de citada como mais utilizada por 32,2%, foi lembrada como parada preferencial nas regiões Sudeste (32,6%) e Sul (44,7%). No Nordeste e Cen­tro-Oeste/Norte, a BR lidera, com 50,5% e 44,7% de “primeira opção”, na ordem.

 

Na análise individual de serviços, os postos Ipi­ranga são avaliados como melhores que o mercado em pontos como instalações, serviços de lavagem e lanchonetes ou lojas de conveniência. No caso deste último, 61,3% dos clientes da rede declara­ram visitar os pontos de venda, contra 50,5% na BR Petrobrás e 53,7% na Shell. O estudo ressalva, no entanto, que a BR Mania é a loja preferida dos con­sumidores.

 

Nos lubrificantes, a Petrobras, com a marca Lu­brax, segue líder, com 17,6% da preferência dos con­sumidores, seguida da Mobil (12%) e Castrol (9,9%). De acordo com a pesquisa, no entanto, 27,1% dos entrevistados não sabem ou não se lembram da marca que utilizam nos seus carros.

 

A força da marca é medida pela diferença entre a atração e a rejeição a uma marca perante clien­tes e não clientes. Segundo o sócio-diretor da CVA, Sandro Cimatti, a força da marca BR voltou a ser a mais forte do mercado de distribuição, posto perdi­do para a Ipiranga nos dois últimos anos.