• CONVENIÊNCIA
    por Márcia Alves

 

Segmento de conveniência é alvo de gigantes do varejo

Entre as tendências globais que prometem mudar o formato da conveniência estão a venda online e o mix de produtos mais populares.

 

É cada vez maior o interesse de grandes redes varejistas pelo segmento de lojas de conveniência. Notícia recente veiculada pelo The Wall Street Journal revela que dois grandes varejistas prometem mudar os paradigmas do segmento. Além da venda de produtos pela internet, haverá também mudança no mix de produtos, bem ao estilo das lojas de “R$ 1,99”, que ficaram famosas no Brasil.


De acordo com o jornal norte-americano, uma empresa gigante do comércio online tem planos de lançar suas primeiras lojas físicas no segmento de conveniência.


As novas lojas venderiam aos consumidores produtos hortifrutigranjeiros, como leite, carne e outros itens perecíveis. Nestas lojas, os clientes poderiam, ainda, realizar pedido de produtos para entrega no mesmo dia, usando, principalmente, seus celulares ou, possivelmente, telas sensíveis ao toque espalhadas nos estabelecimentos. As novas lojas deverão ser projetadas para atrair uma grande parcela de pessoas que prefere buscar pessoalmente seus produtos hortifrutigranjeiros ou levar para casa as compras após o trabalho. Uma pesquisa do banco Morgan Stanley estima que as vendas on-line de produtos no varejo, que hoje representam 2% de gastos do consumidor, podem mais que dobrar, superando US$ 42 bilhões.


Outro dado interessante é que as lojas de conveniência planejadas por essa gigante do comércio online são inspiradas nas redes de desconto, como as lojas “tudo por um dólar”, bem ao estilo do “tudo por R$ 1,99”, que tanto sucesso fez no Brasil. O que se sabe é que as lojas terão modelos simples, estoques com produtos de marcas próprias e poucos funcionários.


Outro gigante do setor varejista pretende fazer o caminho inverso e passar a oferecer seus produtos da linha de conveniência pela internet. Segundo comunicado da empresa, o foco será a venda de produtos frescos. Para tanto, a rede de hipermercados já adquiriu uma empresa de comércio eletrônico avaliada em US$ 3,3 bilhões.