Por Denise de Almeida


Seja na
França ou em qualquer outro país,  o
champanhe é considerado um produto de luxo.  Aliás, se há uma bebida que ultrapassa  o simples status de ‘bebida’ é o champanhe.  Originário  da região de quem herdou o nome, o champanhe
simboliza celebração e é um dos temas mais  famosos da gastronomia e da arte de viver
francesa. 

Primeiro
a ter denominação de origem controlada, em 1908, o vinhedo de Champagne – no  nordeste da França –  compreende atualmente 34 mil hectares (cerca
de 90% de toda a região)   onde apenas três uvas podem ser cultivadas:
Pinot Noir,  Pinot Meunier e Chardonnay.  Somente os vinhos produzidos nesta área podem
se prevalecer da elaboração oficialmente  chamada de método Champenoise.  Entretanto, para se chegar ao status de
champanhe é  necessária uma segunda
fermentação em garrafa e um envelhecimento mínimo de 15 meses.

Numa
viagem à Champagne,  o objetivo principal
deve ser as visitas às caves das grandes  marcas instaladas na região.  

Na Rota
Turística, que tem cerca de 500 quilômetros e 
cerca de 80 pontos de parada, é possível se ter uma iniciação ao mundo
dos vinhos, através  de diversas oficinas.
A cidade de Reims, e a vizinha Épernay, concentram os endereços dos mais
conhecidos  produtores de champanhe:  Moët & Chandon, Veuve Clicquot, Pommery,
Mercier, Martel e  Drappie.  

Em
Épernay,  considerada a capital de
Champagne, a grande atração é a majestosa  Avenue  de
Champagne, s
ede de
grandes casas de produção e comércio de vinho, que
conta com  100 quilômetros de caves,  reunindo cerca de 200 milhões de garrafas,
todas nos seus subsolos.  Na superfície,
uma  arquitetura eclética e muitos edifícios do
século XIX, dignos de visita.  

Já em  Reims, não deixe de visitar as caves da Maison
Ruinart, que ficam mais de 30 metros  abaixo
da terra, onde é possível percorrer as geladas galerias que conduzem até
antigas minas  de calcário, hoje
classificadas como monumento histórico.



























Além das
caves,  há pelo menos dois monumentos a
serem visitados em Reims: a Catedral  Notre
Dame,  antiga abadia de Saint-Remis e
uma das maiores obras
arquitetônicas e religiosas da história da  humanidade
, e a residência dos arcebispos que fica ao lado da
 catedral, o Palais de Tau,
que, entre numerosos
relicários, mostra o talismã de Carlos Magno, todo em ouro,  esmeralda, pérolas e safiras, que contém um
espinho da verdadeira cruz de Jesus Cristo.