por Cristiane Collich Sampaio e Márcia Alves

As previsões para o setor de combustíveis se mostram animadoras para 2015, em contraste com as perspectivas da economia brasileira de um modo geral. Ninguém espera reação imediata no atual cenário econômico; a retomada  do crescimento está prevista para ocorrer, lentamente, somente depois do primeiro trimestre. Em contrapartida, o mercado de combustíveis permanece aquecido e assim deve continuar. 

Nos últimos anos, as facilidades de crédito e os incentivos fiscais impulsionaram a produção e as vendas da indústria automobilística, gerando expansão das vendas de combustíveis acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Mesmo que mais discreta em função do desaquecimento do setor automotivo e da previsão de pontuais aumentos nos preços dos derivados do petróleo, essa tendência deverá se manter no próximo ano.

Os prognósticos para o etanol, entretanto, estão atrelados aos planos do governo para o setor, em crise há anos. Talvez agora, com a possibilidade de gradual recuperação dos preços dos derivados do petróleo, o etanol passe a ser mais competitivo em maior número de estados e, com isso, aumente sua participação no mercado.

Para os revendedores, além dessas perspectivas, fica a promessa de um mercado mais sadio. Seja por meio de legislações mais severas seja pela fiscalização mais eficaz, organizada na forma de convênios e forças-tarefa e reunindo órgãos de diferentes naturezas e esferas, vem caindo o volume de irregularidades de diferentes tipos detectadas no mercado.