por Márcia Alves

Praia e sol ou montanha e ar puro. Estes atrativos não fazem muita diferença para quem viaja a procura de cuidados de saúde (médicos, cirúrgicos ou estéticos). O Turismo Saúde é um mercado promissor que cresce 30% ao ano em todo o mundo e movimentou US$ 60 bilhões em 2006, de acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde. As especialidades mais procuradas pelos viajantes são oncologia, urologia, cardiologia e ortopedia, além de cirurgia plástica e bariátrica.

Com mais de 4,5 mil tratamentos cosméticos certificados, o Brasil é considerado o sexto destino mais popular e o segundo na realização de cirurgias plásticas no mundo. Em 2011 foram mais de 905 mil procedimentos e 542 mil tratamentos não cirúrgicos, segundo estudo global realizado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica.

São Paulo é o destino anual de 340 mil visitantes, que desembarcam na cidade para se submeter a análises clínicas e procedimentos médicos ou para acompanhar quem vem para tratamento. A capital possui cerca de 25 mil leitos distribuídos em 105 hospitais, entre públicos e privados, além de abrigar 32 instituições certificadas internacionalmente.

Em Recife, 6,11% dos turistas que chegaram à cidade em 2007 escolheram a capital pernambucana motivados pelo Turismo Saúde. Em 2008, esse número subiu para 7,89% (298 mil visitantes). Santa Catarina, que já é famosa por suas belas praias, também se movimenta para competir no ramo. O estado ganhou em julho último sua primeira agência especializada na área, que oferece desde o agendamento de exames até o completo de home care.

Para estimular esse segmento, o Ministério do Turismo e a Embratur lançaram um guia de Turismo Saúde e orientações básicas, que esclarece sobre a atividade e aponta as tendências e vantagens desse tipo de viagem no Brasil.