Por Denise de Almeida
A conveniência, que há muito é evidente em lojas instaladas em postos de combustíveis, deixa de ser tendência e cresce nos bairros das grandes metrópoles brasileiras.
Para o dono de um posto de combustíveis que investe também no segmento da conveniência não é novidade que o que impulsiona as vendas nesse setor é o fato de o consumidor estar próximo à sua casa ou trabalho, fazendo com que ele não precise enfrentar trânsito nem perder horas com deslocamento para fazer suas compras.
Tanto que, inspirado nos strip malls norte-americanos, começa a surgir no Brasil uma nova opção de pontos de venda: os Centros de Comércio e Serviços (CCS). Mais organizados e seguros em relação às lojas de rua indeterminadas, e com várias opções de comércio e serviço, inclusive postos de combustíveis, o CCS atrai, principalmente, pelo fator da vizinhança, segundo o consultor em estratégias empresariais Luis Henrique Stockler.
Ele explica que os motivos que estão fazendo com que o consumidor mude o seu comportamento de compra são facilidade no estacionamento, motivo de reclamação frequente pelos frequentadores de shoppings centers, e ambientes e lojas mais cheias, principalmente nas datas do varejo, ocasionando filas e tornando o momento de lazer um processo demorado, cansativo e cada vez menos prático.
O fato é que sejam minimercados, padarias, farmácias ou lojas de conveniência, esse varejo de bairro vem crescendo, em média, 15% ao ano, o que se configura em uma ótima oportunidade para os revendedores de combustíveis apostarem na diversificação de seu negócio. O pequeno varejo tem estrutura ágil, é dinâmico e conhece o consumidor, oferecendo o que ele deseja, na quantidade e preço que ele quer, observa Roberto Nascimento de Oliveira, professor de varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing.
O mercado, segundo ele, ganha força nas regiões metropolitanas do país e emerge como uma alternativa viável de ponto de venda, que equilibra o custo-benefício em relação aos outros modelos, motivo que certamente cairá no gosto e simpatia de consumidores das grandes cidades brasileiras.