por Cristiane Collich Sampaio

Custos, conveniência, preservação ambiental e visão de longo prazo podem influir na decisão de utilizar água e energia de forma mais racional, apostando, inclusive em fontes limpas e gratuitas.

A captação da água da chuva e a reciclagem de água são práticas que crescem também entre os estabelecimentos de revenda de combustíveis e já há experiências muito bem sucedidas na utilização de energia solar térmica, iluminação a LED e soluções construtivas.

Vários postos têm hoje a energia solar térmica em sua matriz, para aquecimento de água destinada a chuveiros, lojas de conveniência e, até mesmo, para lavagem de veículos, atividade em que propicia economia de água e dos detergentes usados no processo e barateia o custo da reciclagem dessa água, para reuso, quando o caso.

Alguns postos da BR Distribuidora, como o Parque das Rosas, no Rio de Janeiro (RJ), e de outras companhias já usam a água aquecida para esse fim. Segundo informações da E2 Solar, parceira da BR no posto carioca, o investimento nas instalações – que têm vida útil superior a 20 anos – foi de R$ 40 mil. O sistema de aquecimento também pode ser instalado em postos de estrada, oferecendo água quente para vestiários, restaurantes, refeitórios e lojas de conveniência, minimizando, sensivelmente, os custos de energia elétrica.

Já em matéria de iluminação econômica e eficiente, não há sistema comparável ao LED, o diodo emissor de luz, na opinião do diretor executivo do Grupo Zeppini, Paulo Rogério Fernandez. “Esse sistema pode gerar economia de até ¾ no consumo de energia elétrica de um posto, dependendo de suas características, o que é muito significativo”, avalia, ressaltando que o investimento é rapidamente compensado.

Mas há outras formas de contribuir para a redução do valor da conta de energia elétrica, como o uso integrado de iluminação e ventilação naturais e soluções para neutralizar fontes de calor em escritórios e lojas. (Veja mais nesta edição.)

Uso e reuso

Também é possível investir na conservação de outro recurso natural, a água, e até mesmo zerar os custos de consumo. Não é por acaso que tradicionais empresas fornecedoras desse setor investem hoje em tecnologias de captação de águas pluviais e de reciclagem de água.

A Metalsinter, por meio Ambiental MS, é um exemplo. A empresa oferece sistemas de captação e filtragem de água da chuva e também de reciclagem de efluentes de lavagem, cuja vazão pode ser adequada às necessidades do cliente. “São vários os fatores que influenciam na economia que estes equipamentos podem proporcionar, porém, estima-se, em média, percentual entre 70 e 80%”, revela Sergio Cintra, presidente da empresa. Uma vez instalados, os gastos de manutenção se resumem a cerca de 1 kw por hora de funcionamento de cada equipamento, mais insumos de valor desprezível.

A Zeppini também trabalha nessa área, em sistemas de captação e tratamento de águas pluviais. Paulo Fernandez declara que em postos novos é possível eliminar os gastos com a rede pública de fornecimento, chegando ao que chamou de “balanço hídrico passivo”. “Em postos já em funcionamento, especialmente nos que oferecem lavagem de veículos, a redução nos gastos com água alcançam percentuais de até 60%”.