por Cristiane Collich Sampaio


 



Não é preciso muito para obter ganhos significativos, econômicos e ambientais. As sugestões de telhados brancos ou de telhados-jardins, por exemplo, vêm do One degree less (Um grau a menos), um programa que visa diminuir em um grau a temperatura das chamadas “ilhas de calor”, existentes nos grandes centros urbanos e que têm temperaturas até 6ºC acima das áreas rurais próximas.


Desenvolvido pelo Green Building Council Brasil, o programa é algo muito simples, que colabora na redução de gastos com energia elétrica, beneficiando, do ponto de vista econômico, quem o aplica e, ainda, dá uma contribuição para minimizar o aquecimento do planeta.


Se, segundo estimativas, 25% da superfície de uma cidade consiste de telhados, por que não encontrar soluções para esfriá-los? O site do One degree less revela, por exemplo, que nos telhados, a utilização de cores claras e do branco, que refletem a luz e o calor, pode, em um dia de verão, diminuir em até 30 graus a temperatura da superfície pintada. Além disso, dados atestam que os revestimentos brancos são capazes de reduzir a despesa com ar-condicionado em cerca de 20%, com a vantagem de ter efeitos imediatos, custo baixo e fácil manutenção.


Outra sugestão apresentada é a dos telhados-jardins, que geram economia de energia e também efeito estético agradável. Ao neutralizar o calor dos raios solares e ao absorver a água da chuva, essas coberturas tornam o ambiente a sua volta menos quente, além de evitar que o calor externo penetre no ambiente interno.


 


Postos mais econômicos


 


Por sinal, a ideia de utilizar vegetação na cobertura para resfriar ambientes já é uma tendência apontada pela BR Distribuidora. “Teto-jardim é uma forma de embelezar o posto e, ao mesmo tempo, criar um colchão térmico sobre determinada área construída, o que contribui para uma melhor eficiência energética”, comenta o gerente de Tecnologia e GNV da Rede de Postos, Paulo da Luz Costa.


Ele afirma que a empresa tem investido na conservação de energia também nos postos. “Temos buscado melhor aproveitar a iluminação natural, pois assim lojas e outras dependências poderão reduzir o uso da iluminação elétrica durante boa parte do dia”, menciona, destacando, ainda, a aplicação de outras técnicas de dissipação do calor e de equipamentos eficientes, como a iluminação por LEDs. “O layout das lojas prioriza equipamentos que têm baixo consumo de energia e projetos que proporcionem melhor ventilação, utilizando, por exemplo, paredes duplas atrás de geladeiras, que direcionam o calor dos compressores para o forro da loja, diminuindo, assim, a temperatura interna e melhorando o desempenho do ar-condicionado”, informa.


Por fim, há, ainda, a aplicação de películas nas vitrines, especialmente nas que recebem o sol da tarde, que mantêm a visualização do interior das lojas, mas filtram calor e raios UV, reduzindo o consumo de energia do condicionador de ar.