por Denise de Almeida


  


Recentemente, o noticiário paulista divulgou que o frentista de um posto de combustíveis da cidade de São Bernardo do Campo, ao ser solicitado pelo consumidor a realizar o teste de qualidade de produto, confessou não saber operar o material. O teste, obrigatório por lei, está contido na Resolução ANP 9/2007, que prevê a realização de análises sempre que solicitada pelo consumidor, sob pena de sofrer as aplicações cabíveis da lei. 


E, para efeito de fiscalização, assim como toda a documentação sobre instrumentos de controle e níveis de movimentação dos combustíveis devem estar em conformidade com as normas da ANP (Agência Nacional do Petróleo), também os produtos em si devem apresentar as especificações determinadas pela agência. 


Por isso, realizar os testes dos combustíveis – não só quando o consumidor pede – mas também sempre antes de descarregar o produto, é fundamental para proteger, inclusive, o revendedor de eventuais problemas com produtos fora de especificação. 


O teste mais comum é o de proveta, que verifica o teor de álcool na gasolina (veja box) e que todo frentista deve saber fazer para atender ao desejo do consumidor, se for necessário. Além deste, realizar o teste dos produtos também quanto ao aspecto, densidade e temperatura pode auxiliar a detectar outras falhas no combustível. 


No site do Sincopetro (www.sincopetro.org.br), você encontra as informações completas sobre como realizar os testes nos combustíveis, de acordo com a determinação da lei.


Contudo, caso tenha interesse, o Sincopetro oferece, mediante número mínimo de participantes, curso específico para a realização de testes de qualidade dos combustíveis.


Para mais informações, entre em contato conosco pelo telefone (11) 2109-0600. 


    


Teste de teor de álcool (teste de proveta) na gasolina 


 


O teste de teor de álcool presente na gasolina é feito com solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl) na concentração de 10% p/v, isto é, 100g de sal para cada 1 litro de água. 


§ Em uma proveta de vidro de 100 ml, graduada em subdivisões de 1 ml, com boca esmerilhada e tampa, colocar 50 ml da amostra de gasolina na proveta previamente limpa, desengordurada e seca; 


§ Adicionar a solução de cloreto de sódio até completar o volume de 100 ml; 


§ Misturar as camadas de água e amostra por meio de 10 inversões sucessivas da proveta, evitando agitação enérgica; 


§ Deixar em repouso por 15 minutos, a fim de permitir a separação completa das duas camadas; 


§ Anotar o aumento da camada aquosa, em mililitros; 


§ A gasolina, de tom amarelado, ficará na parte de cima do frasco e a água e o álcool, de tom transparente, na parte inferior. O aumento em volume da camada aquosa (álcool e água) será multiplicado por 2 e adicionado mais 1.