por Elaine Paganatto


 


A Assembléia Legislativa de São Paulo recebeu em 15 de junho, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima, para proferir palestra sob o tema O setor de petróleo e gás e o desenvolvimento nacional. A convite do deputado estadual, Pedro Bigardi, em conjunto com a Fundação Maurício Grabois, Lima falou para uma platéia de cerca de 100 convidados, entre eles Orlando Almeida, da secretaria de controle urbano, que sempre prestigia eventos voltados ao setor de combustíveis, bem como vários líderes de entidades ligadas ao mercado como Sincopetro, Sindicom e Regran.


 


O diretor falou sobre os rumos do petróleo no Brasil, demonstrando que em vários períodos, ao longo de anos, o setor cresceu ainda que em determinados momentos a situação do país tivesse ficado estagnada. Haroldo Lima lembra que em 2006 foi decretada a auto-suficiência na produção de petróleo e que hoje 72 empresas trabalham com exploração e produção, das quais 33 são brasileiras. “Em 1970 a produção nacional era pequena e dependíamos de quase 80% da produção externa. Atualmente, nossa independência está próxima dos 100%”, salienta.


 


Em novembro de 2007, uma reunião convocada extraordinariamente pelo presidente Lula, abordou a questão da recém-descoberta camada pré-sal brasileira, que se tornaria um marco para o país. “Com essa descoberta, passamos a ter áreas de baixo risco exploratório e elevado potencial. Até então, o Brasil tinha áreas gigantescas para exploração, mas em locais tão difíceis de explorar que, muitas vezes, não se obtinha sucesso. De 10 áreas exploradas, em apenas uma se conseguia a prospecção”.


 


A exploração da camada pré-sal garante o desenvolvimento do país e estabelece a soberania brasileira frente ao grande avanço conquistado. Por isso, entre as propostas discutidas na reunião com o Presidente da República, está a criação de uma nova empresa pública (NEP) (100% nacional), que se prestará a gerir as áreas da União de grande potencial de extração e baixo risco exploratório (pré-sal).


 


“Com a era do pré-sal, que apresenta um petróleo leve e de alta qualidade, espera-se prospectar cerca de 50 bilhões de barris, podendo se chegar a 70, o que pode colocar o Brasil entre as 10 maiores reservas de petróleo do mundo”, comemora Lima satisfeito.