Negociando a compra de combustíveis com a sua distribuidora

CONSULTOR QUE ATUA NO SEGMENTO FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE DADOS NA GESTÃO DE PREÇOS DOS PRODUTOS NO POSTO

Entre as muitas variáveis que determinam a boa administração de um posto de combustíveis está, sem dúvida, a gestão dos preços de combustíveis. O equilíbrio entre o preço de compra dos produtos e o preço de venda ao consumidor é o que vai garantir a margem de lucro do negócio.

No entanto, tentando inverter a lógica prevalecente de que o preço que está nas bombas é o que vai assegurar a boa margem do revendedor, a Valêncio Consultoria, que atua no segmento de análise de dados de gestão de preços de combustíveis desde 2017, busca mostrar ao empresário que o conhecimento do mercado e a boa negociação no momento da aquisição dos produtos pode ser bastante vantajosa, ainda que sua compra esteja atrelada a uma companhia distribuidora por contrato.

Murilo Barco, diretor comercial da Valêncio, ressalta que os preços são livres e, mesmo que haja um contrato entre posto e distribuidora, ele apenas rege aspectos sobre ostentação da imagem e padrões da companhia. “Em geral, o contrato não determina o preço e muito menos a forma com que esse preço irá variar, o que abre espaço para que as distribuidoras façam com o preço o que elas bem entenderem. Porém, é importante lembrar que nada impede também de o revendedor negociar sua condição comercial”, assevera.

E é nesta lacuna que a Valêncio atua/opera. O objetivo do trabalho da consultoria, segundo explica, “é trazer informação para evitar que o revendedor negocie no ‘escuro’ e não seja pego de surpresa sobre as variáveis que compõem o custo dos combustíveis”.

GESTÃO INTELIGENTE E TECNOLOGIA INTEGRADA

Murilo explica que, por meio da análise diária de dados e cenários do mercado nacional e internacional, a Valêncio consegue prever o que vai acontecer com os preços de combustíveis no país, e, a partir daí, pode auxiliar o revendedor na tomada de decisão de compra dos produtos. “Além disso, analisamos e validamos os preços de compra de combustíveis de nossos clientes e orientamos na manutenção do melhor preço de aquisição”, diz.

O sistema realiza coleta de dados semanal referente às compras de combustíveis realizadas pelos clientes e as informações são analisadas observando possíveis reajustes dos preços nas refinarias, usinas ou nos impostos. “De posse desses elementos, comparamos os preços de compra realizados pelo revendedor com os índices de custos de distribuição da ANP e, assim, avaliamos a remuneração presumida ao fornecedor por litro de combustível adquirido”, esclarece.

Por fim, com base na atualização dos dados de cada revendedor, é possível fornecer um parecer comercial sobre as condições vigentes dos seus preços, analisando o histórico de margem, além de oferecer sugestões de ações necessárias para a correção do preço de compra. “Toda análise é customizada de acordo com as necessidades do cliente, o que pode incluir até uma notificação, com dados detalhados, para que a distribuidora saiba que ela está negociando com alguém que sabe o que está acontecendo com o seu preço”, enfatiza.

Murilo assegura que, por meio deste total controle sobre o preço de compra dos combustíveis, o revendedor conseguirá reduzir suas despesas e, dependendo do plano adquirido, com apenas uma tomada de decisão no momento correto, já conseguirá obter retorno do investimento.

Pioneira na atividade e com mais de 400 clientes entre postos e grandes consumidores, a Valêncio analisa um volume médio de 100 milhões de litros de combustíveis por mês, entre gasolina, etanol e diesel. A empresa também é parceira do Sincopetro na atualização de dados do custo de aquisição das companhias distribuidoras, cujas informações são divulgadas para associados no site do sindicato.

Por Denise de Almeida