[1Transição Energética

CEO da Shell divulga intenção de adquirir carro elétrico

 

Em recente entrevista a um canal internacional de TV, o CEO global da Shell, Ben van Beurden, sinalizou sua intenção de adquirir um carro elétrico no futuro próximo. A declaração reflete como a nova tecnologia, ainda incipiente na grande maioria dos países, vem ganhando espaço em algumas metrópoles da Europa. Os governos de Reino Unido e França confirmaram que pretendem restringir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2040.


O debate público sobre tendências de mobilidade e transporte tem o meio ambiente como ponto central e os caminhos apontados são diversos, desde o aumento da participação dos carros elétricos, realidade que vem avançando de forma mais rápida em alguns países, até a participação de biocombustíveis como alternativa para uma economia menos carbonizada.


Temos acompanhado de perto as tendências da mobilidade pelo mundo e interagido com os diversos agentes do mercado a fim de nos antecipar em direção a uma menor pegada de carbono e apontar novos caminhos em busca de uma matriz energética à base de fontes renováveis.


O fato é que os diferentes mercados respondem aos novos desafios de acordo com as especificidades locais e limitações de infraestrutura e logística impostas em cada geografia.


Ou seja, cidades como Londres e Berlim acabam puxando tendências de novas tecnologias (carro elétrico/hidrogênio, autônomo, etc), mas esse movimento ainda é muito distante de países populosos que têm forte déficit estrutural a ser endereçado antes de viabilizar esta jornada.


Aqui no Brasil, somos protagonistas nesta agenda e o etanol de cana-de-açúcar é o maior exemplo de como podemos influenciar e colaborar para que o setor de transportes no país continue sendo referência global, com participação de 21,4% de energia renovável, ante 2,9% na média global. Nós, da Raízen, somos a concretização da vanguarda e da aposta da Shell no mercado de biocombustíveis, em parceria com a Cosan. Nosso etanol contribui fortemente para um abastecimento mais limpo e eficiente, ajudando o país a alcançar as metas globais de diminuição das emissões assumidas na Convenção do Clima (COP21) e tornar realidade uma economia menos carbonizada.


Os benefícios que fazem do etanol um combustível mais limpo também significam um impacto positivo direto na saúde pública.


Pesquisadores da Universidade de São Paulo, cientistas da Universidade Northwestern (EUA) e da Universidade Nacional de Cingapura acabam de apresentar estudo que ratifica os benefícios do etanol, ao observarem um aumento de 30% na concentração de partículas ultrafinas em São Paulo quando altos preços do etanol levaram dois milhões de motoristas a substituir o combustível por gasolina.


Importante destacar que vamos continuar investindo fortemente na distribuição de combustíveis, setor crucial para movimentação da economia em todas as suas esferas e essencial no dia a dia das pessoas, em todos os momentos.


Paralelamente, continuamos também avançando na produção de biocombustíveis - recentemente adquirimos mais duas unidades de produção de etanol, ratificando nossa aposta no segmento de biocombustíveis, que vem recebendo um olhar cada vez mais estratégico como plataforma de descarbonização da matriz energética nacional.


Afinal, a chamada “transição energética” é uma jornada de longo prazo, cujo compasso vai variar bastante de país para país – o importante é que estamos fazendo nosso papel na construção do amanhã, contribuindo continuamente com nossos investimentos em tecnologia para fazer cada vez mais de nossos biocombustíveis um exemplo a ser seguido pelo mundo.