por Márcia Alves


Nos quesitos atendimento, suporte, política de descontos, prazo de pagamentos e em muitos outros, as distribuidoras de combustíveis estão deixando a desejar. Esta é a opinião de grande parte dos revendedores de combustíveis que participaram da pesquisa conduzida pela Brascombustíveis para medir a satisfação da categoria em relação às suas respectivas distribuidoras de combustíveis.


Disponível na internet (no endereço https://pt.surveymonkey.com/r/HVDBM2G), a “Avaliação da satisfação da Revenda de Combustíveis em relação às respectivas Companhias Distribuidoras de Petróleo” foi lançada há pouco mais de um mês e já apresenta resultados parciais consistentes. Por exemplo: 71,85% dos entrevistados estão dispostos a trocar de distribuidora. Destes, 40,74% optariam por ser independentes (bandeira branca).


 


A enquete é apresentada com alternativas de respostas sobre diversas situações de relacionamento com as distribuidoras. O preenchimento é restrito aos revendedores de combustíveis, mas sem a necessidade de identificação. A pesquisa continuará disponível até que a Brascombustíveis atinja o objetivo de alcançar todo o país.


 


Resultados parciais


 


No resultado preliminar é possível avaliar as condições de atuação da maioria: 68,07% possuem contrato de Compra e Venda Mercantil (CVM) ou similar e apenas 21,08% possuem caminhão-tanque.


 


A loja de conveniência está presente em mais de 72% dos postos, sendo 45,18% independentes e 31,33% franquias. O meio de pagamento mais aceito pelos pesquisados são os cartões de crédito e débito (95%), seguido pelo faturamento (89%) e pelo vale-combustível (38,55%). O vale-frete é aceito por 12%.


Para 48% dos entrevistados, a distribuidora condiciona os preços de custos dos combustíveis aos preços de venda do posto. O atendimento, por exemplo, é bom para 38,52%, mas classificado entre péssimo e regular por 54%.


O suporte de divulgação das distribuidoras foi avaliado como bom por 34,07%, mas péssimo e ruim para 30% e regular para 28%. A política de atendimento é péssima para mais de 47%.


Metade dos entrevistados (54,81%) afirmou que não tem liberdade de escolha na adesão ao plano de marketing das distribuidoras.


Um dado positivo é que a maioria (67%) não tem débitos com as distribuidoras. Dos que possuem (33%), 16,30% atribuem a causa às margens de lucratividade. A frequência de visita das equipes de vendas nos postos é variada: uma ou duas vezes ao ano (20%) e a cada quatro meses (13%). Porém, 17,78% disseram não receber nenhuma visita. Mais de 47% enfrentam concorrência dos postos em supermercados, cuja maioria (44%) não ostenta nenhuma bandeira.