por Márcia Alves


A mesma receita de sucesso que fez as lojas de conveniência conquistarem a preferência dos consumidores, que desejam fazer suas compras com praticidade, agilidade e comodidade, foi aperfeiçoada. No intuito de oferecer tudo o que puder facilitar a vida dos clientes, o segmento de conveniência está evoluindo para o conceito de centro de serviços. A proposta é tornar a loja ainda mais completa, reunindo inúmeros serviços no mesmo local.


O novo conceito de conveniência amplificado já está presente em algumas lojas inauguradas recentemente na capital paulista. Similares a um mercado de bairro, as lojas oferecem produtos orgânicos e frescos; refeições completas; flores, e plantas; além de padaria, cafeteria e outros produtos. Giselle Rouvier, coordenadora de projetos da Retail do Gad, consultoria de marca, considera a evolução uma necessidade para o segmento. “Em um futuro próximo, as lojas de conveniência precisarão se transformar em centros de serviços e presteza, onde o consumidor possa encontrar desde fast food saudável até novos aplicativos para celular, ou então se tornarão obsoletas”, diz.


O que será conveniente no futuro? Esta é a questão que Giselle propõe aos revendedores de combustíveis. Nos últimos anos, ressurgiram os “mercados de vizinhança”, formatados pelos próprios hiper e supermercado, em versões menores de lojas. Se por um lado esse novo formato de mercado concorre diretamente com as lojas de conveniência, por outro, representa oportunidades para o segmento aperfeiçoar sua receita de sucesso.


Para Giselle, essa concorrência é um desafio. “Quanto mais opções de compras em diferentes canais, mais difícil será para as lojas de conveniência se sustentarem apenas com os last minute buys”, diz. Por isso, acredita que, talvez, a evolução do conceito de loja seja se transformar em um destino de soluções de problemas. Com base nessa proposta, ela conta que a empresa criou para uma bandeira a área de “grab and go” de comidas saudáveis, com frutas, legumes e verduras.


A ideia está alinhada à tendência de consumo consciente, em que o cliente faz questão de entender de onde vem e como é produzido o seu alimento. Aos revendedores que desejam seguir a tendência, Giselle orienta a, primeiramente, entender o seu público e o que ele está buscando no local. Observar as oportunidades que o entorno pode oferecer, como a falta de um serviço próximo que a loja poderia suprir, também é valido.