por Márcia Alves

Até 2018, São Paulo contará com mais 25 pontos de recarga de carros elétricos públicos (em ruas) e semi-privados (dentro de shoppings). No primeiro corredor de eletropostos do Brasil, que ligará Campinas a São Paulo, o equipamento foi instalado neste ano no posto da rede Graal, no km 67 da rodovia Anhanguera. O segundo, sem data marcada, será em outro posto da rede, no km 56 da rodovia Bandeirantes.

De acordo com a CPFL, a energia elétrica fornecida para reabastecer baterias de carros elétricos e híbridos do tipo plug-in será gratuita. A concessionária será responsável pela instalação da infraestrutura dos pontos de abastecimento, estimada em cerca de R$ 50 mil por unidade, e a rede de postos assumirá os custos gerados a partir do consumo de energia. 

Segundo dados levantados pela distribuidora de energia, automóveis que rodam a partir da combustão tem um gasto aproximado de R$ 0,19 por Km rodado. Nos veículos elétricos, esse valor baixa para quase R$ 0,05. Atualmente, já estão em funcionamento dois eletropostos públicos em Campinas. 

Popularização do carro elétrico

Na avaliação do gerente do Programa de Mobilidade da CPFL, Marcelo Gongra, as principais barreiras para a popularização dos veículos elétricos no Brasil começam pela tecnológica. Hoje, a autonomia média dos veículos elétricos é de 200 km. No entanto, ele observa que já existem algumas iniciativas, como a da Tesla (Chevrolet), com os carros que têm autonomia de até 400 km. “Isso mostra que esse limite vai ser superado”, prevê.

Outro desafio é a carga tributária sobre o carro elétrico. Entre os diversos impostos, estão o IPI (25%), ICMS (12%), Cofins (10%) e PIS (35%), além do Imposto de Importação, já reduzido para 7% no caso de veículos híbridos de autogeração. “Um carro que custa 24 mil euros na Europa vai chegar no Brasil com o preço médio de 60 mil euros, o que torna a aquisição inviável”, diz. 

Na Europa, onde há maior presença de veículos elétricos, o compartilhamento entre motoristas é comum. O carro pode ser retirado em um país e devolvido em outro. Outra facilidade são os aplicativos para celular, que permitem verificar, em tempo real, onde o veículo está estacionado. 

No Brasil, a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro anunciou que abrirá licitação em 2016 para um sistema de cem carros elétricos compartilhados, que ficarão estacionados em 25 estações. Os automóveis serão recarregados nos próprias estações e o usuário poderá retirá-los utilizando um aplicativo. A estimativa é que o preço por 30 minutos de uso fique entre R$ 18 e R$ 23, de acordo com o plano de assinatura.