por Márcia Alves

A blindagem automotiva tem se tornado uma das alternativas de proteção mais procuradas frente ao crescimento da violência urbana no país. De acordo com o último levantamento da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), 10 mil veículos foram blindados no país em 2013, um recorde pelo quarto ano consecutivo.

Porém, recorrer a este método de segurança exige um gasto extra, o que deixa muitos motoristas indecisos sobre se vale a pena ou não investir em uma blindagem. A seguir, Fábio Rovêdo de Mello,omega replica
omega replica watches da Concept Blindagens, revela alguns mitos e verdades que permeiam o universo da blindagem automotiva:

• Existe blindagem barata?

O processo para se blindar um veículo é complexo e envolve profissionais especializados. O carro é totalmente desmontado, as peças recebem o reforço de forma personalizada, já que cada modelo de cada marca tem curvas e medidas específicas. Vidros originais são substituídos por vidros especiais, que garantirão a resistência em caso de disparos de arma de fogo. 

• A blindagem de nível I consegue suportar disparos de pistolas como a 9 mm?

 A blindagem de nível I é permitida pelo Exército Brasileiro, órgão que regulariza e fiscaliza o setor. Esse nível, porém, garante proteção apenas contra disparos de armas de calibre 22 e 38, de acordo com a norma de resistência balística NBR 15000. Até por conta dessa capacidade limitada de proteção, não é o mais empregado no país. A blindagem mais praticada no mercado é a de nível IIIA, que acrescenta mais peso ao veículo, mas dá segurança efetiva, já que suporta até tiros de pistolas 9 mm e de revólveres .44 Magnum. Quanto ao peso, o que define o nível de blindagem é, justamente, o número de camadas dos componentes que constituem a blindagem. Assim, quanto maior o nível, maior a quantidade de material e, por isso, mais elevado o peso do veículo.

• Com o uso da manta de aramida, não é preciso mais o uso de aço?

 O avanço da tecnologia permitiu que a blindagem automotiva, que era feita quase que totalmente em aço, pudesse ser realizada com o uso de mantas de aramida, tecido formado por fibras muito leves, mas de alta resistência e de grande absorção de energia. Por ser muito flexível e maleável, sua instalação no carro deixa alguns pontos vulneráveis, principalmente nas extremidades, onde o fim de uma placa de manta se junta ao começo de outra, região chamada de “travamento de bordas”. O aço também é imprescindível em áreas consideradas complexas, como maçanetas, espelhos retrovisores e lanternas. Somente com a instalação desse material nessas regiões e nos pontos onde houver uma descontinuidade das mantas é que se garante efetivamente a proteção.