Este ano deverá ter início uma verdadeira revolução
na agroindústria sucroalcooleira do Brasil. O país deverá debutar na produção
do etanol de segunda geração (etanol 2G) que, segundo estimativas, poderá
trazer incremento de até 45% em sua já elevada capacidade de produção e ampliar
sua participação no mercado mundial.

Trata-se de um derivado da cana-de-açúcar,
processado a partir dos resíduos gerados no processo de produção do etanol
tradicional – como bagaço e palha –, uma matéria-prima de baixo custo, e transformado
em álcool por enzimas. Isso possibilita que o etanol 2G custe até 30% menos que
o combustível produzido a partir do sumo da cana. A perspectiva é se que torne
um dos combustíveis mais competitivos do mercado.

A primeira usina dedicada à produção desse etanol
deverá ser inaugurada em breve em Alagoas. Construída pela GranBio, terá
capacidade de produção de 82 milhões de litros.

Além disso, tanto a Granbio
quanto a Raízen estão transformando unidades existentes e construindo 10 novas usinas
para produção do etanol 2G. Já a dinamarquesa Vonozymes, que produz a enzima,
tem planos para instalar uma fábrica no Brasil.

Também a Odebrecht Agroindustrial, em parceria com a dinamarquesa Dong
Energy, deverá entrar na disputa por esse mercado, e, ainda, a Petrobras,
detentora de uma variável tecnológica de produção do etanol 2G.











Se essas perspectivas se confirmarem, a indústria sucroalcooleira
nacional passará a ter uma importante ferramenta – custos de produção mais
baixos para o etanol – para reverter o curso da crise por que passa o setor há
vários anos.