Em março,
uma iniciativa inusitada levou um grupo de escultores para desenvolver seu
trabalho na sede da Arxo, uma das indústrias líderes na produção de tanques
jaquetados para combustíveis, no Balneário Piçarras (SC). Durante 10 dias,
artistas do Brasil, Argentina e Uruguai participaram do I Simpósio
Internacional de Esculturas Instituto Arxo. Nesse período foram criadas 10
esculturas, nas quais foram empregadas cinco toneladas de materiais, entre aço
carbono, aço alumínio, tubos e resíduos do material utilizado nos produtos da Arxo.

Inicialmente,
a ideia do presidente da empresa, Gilson Pereira, era adquirir algumas obras
para humanizar o ambiente da fábrica. Depois de uma conversa com a
arte-educadora Ane Fernandes, ele decidiu promover um evento que levasse o nome
da empresa. “E o resultado foi surpreendente para todos. Temos agora um acervo
cultural valioso na Arxo”, constata.


O grupo de artistas foi formado pelos argentinos Nestor Vildoza, Carina Fabaro,
Rodolfo Soria, Eduardo Raul Waxemberg, Luiz Daniel Bernardi e Eduardo Ledantes;
pelo uruguaio Diego Santurio; pelos brasileiros Pita Camargo e Kiko Cervi; e,
ainda, o convidado chileno Hugo Pagani, radicado no Brasil.

“Foi a primeira vez que
eu vi uma empresa ceder um espaço do seu complexo industrial para ser instalado
e realizado algo deste sentido”, destaca o organizador do simpósio Jorge
Schröder, que já participou de atividades semelhantes em outras partes do mundo.


Em paralelo à criação das esculturas ocorreram visitas monitoradas das crianças
atendidas pelo Instituto Arxo – instituição mantida pela empresa – e de
estudantes da rede pública de ensino da região.