por Denise de Almeida

O ambicioso projeto da Receita Federal implantado há cinco anos e conhecido como Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) será ampliado no próximo ano, quando as empresas serão obrigadas a enviar a folha de pagamento digital padronizada, no lugar da impressa, em um ambiente que será compartilhado com órgãos do governo, como a Receita  Federal e o Ministério do Trabalho.  

A novidade, que vem sendo chamada de Sped Social, vai se integrar aos sistemas já implantados de transmissão de dados contábeis e fiscal: o Sped Fiscal, arquivo digital que  contém um conjunto de escriturações de documentos fiscais com informações importantes  para o Fisco que deverá substituir outros controles, e o Sped Contábil, que substitui a  escrituração em papel pela Escrituração Contábil Digital (ECD). 

Um dos objetivos do Sped é a economia com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias. Porém, uma pesquisa realizada pela Fiscosoft, empresa especializada em informações fiscais e legais, revelou inúmeras dificuldades enfrentadas pelas organizações contábeis, entre elas, não entrega de arquivos dentro do prazo, e, arquivos que, mesmo entregues dentro do prazo, terão que ser retificados. 

A pesquisa revela ainda que  quase a metade das empresas contábeis entrevistadas (48%) avalia o  Sped como sendo uma ferramenta de alta complexidade. E, apesar de já estarem se  beneficiando da padronização, com maior troca de informações com seus clientes, 82%  delas precisaram de informações adicionais para cumprir com as obrigações impostas pelo  sistema.

Daí, a importância de o revendedor se aproximar do trabalho do seu contador e aprofundar  conhecimento nas questões contábeis, sob pena de receber multas de até R$ 5 mil por  mês.