por Márcia Alves

Antes de perguntar ao cliente do posto se pode completar o óleo do carro, o frentista deve seguir alguns procedimentos, de acordo com o consultor técnico Antonio César Costa, da Oficina Brasil. Um dos erros mais comuns, segundo ele, é a verificação do nível do óleo quando o motor está quente. Nessas condições, o óleo demora a descer e escorrer para o carter. “É por isso que se tem a impressão de que o óleo está baixo. O ideal é aguardar de 15 a 20 minutos e só depois analisar se é mesmo necessário que o óleo seja completado”, recomenda.

Outra dica é nunca usar um óleo diferente daquele indicado pelo fabricante do veículo. “Colocar um tipo de óleo diferente do especificado pode ocasionar o surgimento de borras, que entopem os canais de lubrificação e diminuem a vida útil do motor”, diz.

Os aditivos não são necessários nos óleos mais modernos, segundo o consultor. Exceção apenas no caso de óleo com classificação antiga.  “Os óleos atuais já contêm aditivação eficiente, indicada pela classificação API. No mercado brasileiro, a mais moderna é a API SN. Mas ainda há alguns óleos cuja classificação de API é inferior, como a SF e a SJ”, ensina.

Por fim, o consultor ressalta que o automóvel pode apresentar problemas por causa da falta de cuidados com a troca de óleo e fluídos. Entre os quais, ele cita o aquecimento do motor acima do normal; borras no motor; vazamentos de óleo pelo abastecimento excessivo; desgaste interno do motor; barulhos; e diminuição da vida útil do veículo.

Mitos sobre a troca de óleo

Um carro velho pode usar um óleo de última geração?

Não é recomendado. Se o veículo usa óleo mineral por muito tempo e passa a usar óleo de base sintética ou sintético, a limpeza dos resíduos deixados pelo mineral será muito rápida e mesmo que o filtro seja trocado em curto período, talvez não tenha vazão. Com isso, poderá ocorrer o entupimento da bomba de óleo e outras partes internas do motor, ocasionando problemas.

É verdade que o óleo de motor deve ser claro e o óleo de engrenagem escuro?

Esta dúvida é muito comum. Mas, a cor não tem nenhuma influência sobre o desempenho do óleo. Os óleos lubrificantes são formulados a partir da mistura entre básicos e aditivos. Por isso, sua cor final dependerá da cor do básico e do aditivo que forem empregados na formulação.

O óleo mais escuro é também mais grosso?

Este é outro conceito errado. O óleo mais claro pode ser mais viscoso (grosso) do que um óleo escuro e vice-versa.