Na edição 340, a PO alertava os revendedores sobre a ação de uma quadrilha que vitimava postos da capital paulista. Primeiro, estes recebiam uma carta falsa da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), fazendo exigências sem cabimento. Depois, eram visitados por empresas “salvadoras da pátria”, que se propunham a adequá-los às novas disposições, por um “valor módico”.

Entre agosto e setembro, por conta da polêmica que envolveu a presença de gás metano no subsolo de um dos maiores shopping centers da capital, situado na zona Norte, golpe similar passou a ser praticado contra comerciantes da região. Fazendo-se passar por fiscais da Cetesb bandidos notificavam empresários sobre a necessidade de instalar poços de monitoramente e válvulas para liberação do gás e apresentar laudo. Dentro do prazo estipulado, outros membros do bando, dizendo representar suposta empresa especializada em monitoramento ambiental, surgiam oferecendo justamente os serviços e laudos solicitados na notificação falsa.

No final de outubro parte dessa quadrilha foi presa e encaminhada ao Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic). Mas, segundo informações do setor de Meio Ambiente da Corregedoria Geral da Administração do governo paulista, há indícios de que, nos dois últimos anos, o grupo esteja praticando golpes semelhantes na região de Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes e Suzano. (Por Cristiane Collich Sampaio)