por Cristiane Collich Sampaio

A partir da definição de objetivos e da constatação de que sozinha teria dificuldades para superar os obstáculos, a Ipiranga deu um passo certeiro ao identificar parceiros que reuniam as condições necessárias ao êxito de seu projeto. E, assim, a distribuidora, aliada à Philips e à Net Sign Comunicação Visual, explorando o potencial de cada empresa, conseguiu viabilizar a implantação em grande escala de seu projeto de eficiência energética, uma iniciativa que está beneficiando a todos os envolvidos, incluindo revendedores e, especialmente, o meio ambiente.

Segundo Mauro Umbelino, supervisor da coordenadoria de Engenharia e Arquitetura da distribuidora, o “programa já foi implantado em 1,6 mil postos, resultando na redução do consumo de energia de cerca de 1 milhão de kwh/mês, o equivalente a R$ 280 mil/mês, aproximadamente”. Ele acrescenta que essa economia evitou emissões correspondentes a cerca de 140 árvores plantadas mensalmente, considerando o sequestro de carbono durante os primeiros 20 anos de vida da planta.

Hoje a Ipiranga possui um amplo projeto na área ambiental para postos de serviço, o chamado Posto Ecoeficiente, que envolve elementos de sustentabilidade, que além de preservarem recursos naturais, reduzem os custos financeiros da operação. Seu sucesso, na opinião de Mauro Umbelino, é em parte fruto desse projeto de eficiência energética.

Obstáculos e superação

Mauro revela que desde 2007 a Ipiranga vinha trabalhando nesse campo, para com isso reduzir a demanda por energia elétrica nos postos e, como decorrência, minimizar custos e impacto ambiental. Um teste realizado com o Posto Lobinho, do Rio de Janeiro (RJ), mostrou que as inovações aplicadas no sistema de iluminação da testeira e do forro da pista eram capazes de gerar economia de energia da ordem de 43%.

Mas, no ano seguinte, ao lado da Philips, a tentativa de implantação do projeto em larga escala foi frustrada, pois a rede de distribuição da parceira apresentava limitações.

Foi nesse momento que a Net Sign entrou no projeto, como revendedor Philips para o programa Ipiranga, possibilitando distribuição nacional, rápida e com preços padronizados e atrativos. Mas foi somente a partir de março de 2010, com o desenvolvimento de uma ampla campanha de divulgação do projeto dentro da companhia, com premiações, que os resultados começaram a aparecer, superando todas as metas. Ele conta que em menos de um ano cerca de 20% da rede de postos havia sido, de alguma forma, beneficiada pelo projeto. Vale lembrar que é o revendedor que arca com os custos de energia, sendo, portanto, juntamente com o meio ambiente, diretamente favorecido por essa economia.

Marcelo Freitas, consultor comercial da Philips Lighting Brasil, explica que para o projeto, a empresa trabalhou na especificação de produtos dedicados: “lâmpadas fluorescentes TL5, que é o que temos de mais avançado nesse campo; reatores dimerizaveis para as lojas, que operam em conjunto com sensor de luz, aproveitando ao máximo a luz natural, e, ainda, o grande diferencial, a iluminação da cobertura/pista, para a qual foi criado um sistema que gera economia em torno de 30% no consumo de energia.”

O diretor comercial da Net Sign, Denis Sanches, destaca que “embora a equipe de vendas da Net Sign possua grande conhecimento no segmento de postos, dado que os produtos de iluminação utilizados no projeto são altamente técnicos, a Philips desenvolveu treinamento específico, para o atendimento aos revendedores”. Além disso, houve a necessidade de investimento expressivo em estoques para garantir atendimento rápido e qualificado a toda a rede, nacionalmente. “Esses dois elementos foram muito importantes para o êxito da parceria e do projeto”, assinala.

Com a parceria, em apenas dois anos a Net Sign alcançou a terceira posição no ranking de clientes do canal OEM da Philips Brasil (responsável pelo atendimento a fabricantes) e a 18ª no de clientes Philips no setor de iluminação, com participação de todas as categorias de distribuição.

Para a Philips, o sucesso do projeto garantiu a vitória do grupo responsável na fase brasileira da disputa interna da empresa – a Quality Improvement Competition (QIC) –, da qual participaram 22 projetos, e teve boa classificação na etapa internacional.