Por Denise de Almeida

A ideia é acabar com carros movidos a esses "combustíveis convencionais"  nas ruas de cidades como Paris,  Londres, Madri e Berlim  até 2050, onde apenas carros elétricos ou transportes públicos seriam autorizados.  

O objetivo, segundo o comissário europeu de Transportes,  Siim Kallas, é cortar em 60% as emissões de CO2  e  reduzir a dependência do petróleo importado.  Mas, para isso, será necessário adotar outras medidas,  como reduzir os transportes marítimo e aéreo e triplicar a rede ferroviária,  diminuindo, assim, o uso de estradas.  

A proposta causou polêmica.  Apesar de a Europa ter o melhor sistema de transporte público do mundo,  os carros ainda representam 75% da locomoção nas cidades.  O ministro-adjunto britânico dos Transportes, Norman Baker, rejeitou a ideia.  “É correto que a UE estabeleça  metas de alto nível para a redução das emissões de carbono,  mas não é correto que ela diga  como isso deveria ser feito nas cidades”,  disse o ministro, que defende outras medidas  – como promoção de veículos elétricos e de bicicletas. 

Se as mudanças avançarem, até 2030 apenas 50% dos carros que circulam no perímetro urbano poderão utilizar gasolina.  Nas estradas, os carros a gasolina ainda seriam permitidos.  Também até 2030, a meta é triplicar o número de trens de alta velocidade  e, no setor aéreo, incentivar a redução dos voos de curta distância, que emitem, proporcionalmente,  alta taxa de CO2.