por Denise de Almeida
Tudo começou há mais de trinta anos, quando Edenise Carratu, acompanhando o seu marido em mais um evento para antigomobilistas, sentiu dificuldade em inteirar-se da conversa e interesses até então eminentemente masculinos, apesar do gosto pelo hobby. Decidiu, então, que precisava desenvolver uma programação paralela para as mulheres que acompanhavam os colecionadores. Acabou fundando, com o apoio do marido, o primeiro clube antigomobilista brasileiro 100% feminino, a Sociedade Feminina de Autos Antigos.
Hoje com cerca de 150 associadas de todas as partes do Brasil, além de organizar seus próprios eventos, o projeto de Edenise exclusivo para mulheres tem grande participação em clubes, exposições e eventos voltados para apaixonados por carros antigos e é sempre destaque em suas aparições, já que foi o pioneiro na divulgação do antigomobilismo no meio feminino.
A bordo do seu conversível Mercedes Benz SL 280, de 1969 presente do marido quando completaram 25 anos de casamento , Edenise não apenas acompanha os eventos do clube que fundou, mas cuida de cada detalhe da entidade, organizando encontros e reservando um tempinho para um agradável bate papo com as colegas.
No mundo do tuning
Com história parecida, mas longe da tradição dos antigos, Cátia Marisa Tappi também passou a alimentar sua paixão por carros depois de conhecer o marido, que na época trabalhava com projetos de customização em geral.
Proprietária de um Corsa 1996, Cátia gosta tanto do seu carro que resolveu deixá-lo ao seu gosto: rodas esportivas aro 15, suspensão a ar independente e duas câmeras de vídeo são apenas alguns dos itens do seu mimo, pintado na cor roxo metálico, o tom Lilác, disponível em modelos BMW.
Chamando a atenção por onde passa, Cátia usa seu carro em todas as situações do dia a dia, e diz que o objetivo é esse mesmo: não passar despercebida. No mundo do tuning, todo passeio pelas ruas se torna um desfile nas passarelas. E é disso que nós gostamos, assegura.