por Márcia Alves

Já virou quase rotina ler matérias sobre pessoas, em diversas partes do mundo, que têm mais de 120 anos. Em geral, são pessoas simples, que vivem no campo e, na maior parte das vezes, declaram que desconhecem o segredo da longevidade. É nessa área que trabalham médicos, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde, garantindo que hoje é possível manter saudáveis os indivíduos na terceira idade, sem a manifestação de doenças degenerativas, a ameaça mais séria a essa faixa etária.

Graças ao avanço da medicina, nas últimas cinco décadas houve um aumento de 600% no contingente de idosos no Brasil, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas os estudos indicam que apenas 30% das pessoas ultrapassam os 100 anos com suas funções físicas e mentais praticamente preservadas, ao passo que boa parte da população começa a perdê-las aos 80.

Hoje no Brasil, segundo o IBGE, há mais de 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, justamente a idade em que ficam mais expostas às doenças. Calcula-se que a predisposição genética seja responsável por 30% dos que conseguem uma vida longa e com saúde. “Os 70% restantes dependem do estilo de vida”, afirma o médico endocrinologista, Saulo Fagundes de Sousa, da Clínica Nuovo Effetto.

Alimentação equilibrada

Segundo recomendam os especialistas, um primeiro passo é ingerir maiores quantidade de ômega 3 (presente em peixes, vegetais de folhas verdes escuras, linhaça, castanhas e nozes, entre outros). O “suplemento” apresenta atividade anti-inflamatória,  promove o desentupimento dos vasos sanguineos, reduz colesterol, triglicérides e pressão arterial.

A ação do ômega pode prevenir a ocorrência de diabetes, derrames, artrite reumatóide, alguns tipos de câncer e até declínio mental. Algumas pesquisas confirmam também que traz benefícios para o humor, aprendizado e sistema imunológico.