por Márcia Alves


 


Com o fim da exclusividade entre as bandeiras de cartões e as operadoras, desde julho deste ano, os postos de combustíveis e todos os demais varejistas no país devem ser tratados como clientes e não mais como meros repassadores de serviços.


A orientação é do empresário Álvaro Musa, sócio da Partner Conhecimento e ex-presidente da Credicard. “Ao poder escolher apenas uma máquina para todas as bandeiras, os empresários ganham status de cliente e alvo de disputa das credenciadoras”, analisa.


Segundo Musa, nos últimos 15 anos o chamado “dinheiro de plástico” cresceu de 12 milhões para 600 milhões de cartões. “Estamos no varejo com 6 bilhões de transações no país. Em 1995, eram 200 milhões”, disse. Hoje, Cielo e Redecard têm praticamente 100% do mercado de credenciamento de cartões.


“É preciso exigir qualidade dos serviços prestados. O brasileiro peca pelo conformismo, pela relação ruim”, diz Sérgio Murtinho, da Nexxta, empresa fabricante de eletrônicos. Segundo ele, uma operação de meio de pagamento deve levar três segundo e não um minuto. “Se você varejista agora é o cliente, tem o direito de exigir qualidade no serviço prestado”, diz.