por Denise de Almeida


 


Luiz Carlos Rivera, diretor da Rede Duque, que congrega 35 postos de combustíveis de bandeiras diversas na Grande São Paulo, acredita que a concorrência provocada pela globalização e a diminuição de custos com logística de operações, administração, pessoal e financeira, são as grandes responsáveis pela concentração no mercado da distribuição.


Em sua opinião, há uma tentativa de concentração por tamanho. “Porém, hoje existem mais  de 200 distribuidoras. E, com essas novas fusões, as pequenas empresas tentarão aumentar sua participação no mercado, justamente no espaço deixado por uma mega empresa”, antecipa.


Para o revendedor, a nova configuração do setor vai afetar diretamente os postos de combustíveis. “Acho que, por um tempo, vamos assistir a uma competição de redução de preços. E, depois, acredito que as distribuidoras queiram repor as perdas, o que deve encarecer o preço ao consumidor e diminuir ainda mais a margem do revendedor”, prevê.


Mas ele se revela otimista quanto ao futuro. “O país está em crescimento e dará chance para as novas empresas”, diz.


Rivera acha que este é um tempo de adaptações, mas que o mercado irá se defender da concentração e encontrará uma fórmula para sobreviver. Por ora, ele imagina um período de muito trabalho para os revendedores. “Mas, o resultado com a aprendizagem será bom e rentável. Descobriremos uma nova maneira de ver e administrar o nosso negócio”, garante.