A redução do percentual de álcool anidro de 25% para 20% deverá provocar aumento de, no mínimo 2% nos preços da gasolina, segundo especialistas. A redução, determinada pelo Governo Federal, começou a vigorar em 1º de fevereiro e tem por objetivo minimizar riscos de desabastecimento de etanol combustível no país. Esses 0,5% de álcool que foram retirados da gasolina servirão para que as usinas coloquem no mercado mais 100 milhões de litros de etanol combustível por mês, menos de 10% do consumo médio mensal brasileiro, que é de 1,2 bilhão de litros.


O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, estima que a medida deva fazer com que os preços do etanol caiam, já que a oferta do produto será maior. Mas o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, discorda da previsão do ministro. Gouveia avalia que esse volume terá pouca influência nos preços de bomba do etanol, mas deve elevar o preço da gasolina em mais de 6%, já que esta é mais cara do que o álcool que a compõe.


Ao lado do aumento do consumo, propiciado pela expansão da frota de veículos flex, as chuvas, que prejudicaram a produção de cana, e os altos preços do açúcar no mercado internacional, que desviaram matéria-prima para aumentar a produção dessa mercadoria, são os responsáveis pelos níveis baixos dos estoques de etanol neste período de entressafra.