por Denise de Almeida


               




No último dia 1º de fevereiro, a multinacional anglo-holandesa Shell e a brasileira Cosan S.A. (líder da indústria de biocombustíveis e detentora da marca Esso no Brasil) assinaram memorando de entendimento com o objetivo de criar uma joint venture para a produção de etanol, açúcar e energia, além da distribuição e comercialização de combustíveis.


A associação, avaliada em US$ 12 bilhões, permitirá que ambas as companhias se posicionem em condições mais sólidas para crescimento e rentabilidade na área de biocombustíveis sustentáveis, “uma das soluções comercialmente mais viáveis nos próximos 20 anos para redução de emissões de CO2 no setor de transportes”, segundo nota divulgada pelas empresas.


Com capacidade de produção anual de 2 bilhões de litros, e visando crescimento, a ideia é consolidar posição de liderança como uma das maiores produtoras de etanol do mundo, além de fortalecimento nos mercados de combustíveis (varejo e industrial) no Brasil.


Mark Williams, diretor mundial de downstream da Shell, disse que “a joint venture também permitiria à Shell estabelecer um significativo e rentável negócio na área de biocombustíveis”. Segundo Rubens Ometto, presidente do conselho de administração, “a visão da Cosan é se tornar uma líder global em energia limpa e renovável”.


Sob os termos do documento, ambas as companhias participarão na joint venture com alguns de seus ativos brasileiros. Adicionalmente, a Shell fará um aporte financeiro de US$ 1,625 bilhão, ao longo de dois anos.