Por Denise de Almeida


 


Refrigerantes, pães, chocolates e uma infinidade de outros alimentos têm, hoje, sua versão diet ou light. Mas, afinal, qual é a diferença entre um e outro? Diabéticos, hipertensos, pessoas com nível de colesterol alto ou com excesso de peso podem consumir o mesmo alimento diet ou light?    


De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para um produto ser diet ele deve estar isento de um determinado nutriente, como, por exemplo, açúcar, sal ou gorduras. Com isso, um produto diet é indicado para pessoas que tenham restrição de consumo de algum ingrediente, como os diabéticos, que não podem ingerir açúcar, ou os hipertensos, que não devem consumir muito sal.    


No entanto, a ausência de açúcares, gorduras, sódio, proteínas ou algum outro ingrediente no alimento não indica que há, necessariamente, diminuição de calorias. Um bom exemplo é o chocolate diet. Para que sua consistência e sabor não sejam prejudicados há um acréscimo no teor de gorduras aumentando suas calorias. Assim, apesar de isento de açúcar – portanto, indicado para diabéticos –, ele é mais calórico que o chocolate normal e pode contribuir para o aumento das taxas de colesterol e incidência de doenças cardiovasculares.    


Já o produto light deve ter pelo menos 25% de suas calorias ou nutrientes reduzidos em relação à sua versão tradicional. Mas, isso também não significa que um alimento light tenha mais calorias que o diet, já que depende de qual substância teve sua quantidade reduzida.  “Geralmente, os nutrientes modificados são os açúcares ou gorduras”, explica a nutricionista Roberta Stella, o que os torna mais indicados para quem quer perder peso.    


“Os produtos light só podem ser consumidos por pessoas portadoras de alguma doença (diabetes, colesterol elevado, celíacos, fenilcetonúricos) se houver a eliminação do nutriente relativo ao mal”, diz. “É o caso dos refrigerantes light, por exemplo, que são totalmente isentos de açúcar e, por isso, podem ser consumidos pelos diabéticos”.    


Em função destas características, a escolha entre o consumo de um alimento diet ou light deve ser orientada pelo seu médico ou nutricionista. E, na hora da compra, ler o rótulo dos produtos certificando-se que atendem às necessidades de saúde é fundamental.      


Caso o seu objetivo seja emagrecer, procure comparar a quantidade de calorias dos produtos light e diet com os convencionais. Você poderá estar gastando mais por um alimento que não precisa ser substituído.