por Denise de Almeida


 



Segundo dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente no Brasil em decorrência da osteoporose, e mais de 20 milhões são acometidas pela doença.    


Chamada de ‘doença silenciosa’ pela ausência de sintomas em seu início, a osteoporose ataca principalmente as mulheres acima dos 50 anos, acelerando a diminuição da massa óssea e piorando a qualidade do osso, que fica mais sujeito a fraturas de toda espécie.    


Geralmente, as mulheres são atingidas pela doença em torno dos cinco primeiros anos após o fim das menstruações e, na maioria dos casos, ela só é descoberta quando ocorre uma fratura, sendo que suas complicações podem causar dores, diminuição das atividades diárias e deixar a pessoa debilitada.     


Preocupado com as graves conseqüências da doença, o Comitê de Osteoporose da SBOT lançou, em 2006, a campanha “Vida é Movimento - Previna-se contra a Osteoporose” que visa informar e auxiliar na prevenção da doença.     


De acordo com o médico presidente da entidade, Henrique Mota Neto, apesar de não ter cura, a doença apresenta várias alternativas de tratamento. “Mas a melhor forma ainda é a prevenção, iniciada na infância e adolescência, quando os ossos estão em formação”, diz. Ele ressalta que são atitudes simples como, a ingestão de alimentos ricos em cálcio, a prática de exercícios físicos e banhos de sol, além de evitar fumo, bebidas alcoólicas e ingestão excessiva de café, desde a juventude.         


    


As fontes    


    


Segundo o médico, os ossos estão em permanente renovação, e, para que esse trabalho seja eficiente, eles necessitam de determinados nutrientes e o estímulo de exercícios.    


         


Cálcio – Encontrado em iogurte, vegetais verde-escuros (couve, por exemplo), produtos derivados de soja, como tofu e sementes de gergelim. Não vegetarianos podem também utilizar produtos marinhos como salmão e ostras. O consumo diário ideal é de 1000 a 1500 mg diários dependendo da idade, consumo da dieta e outras condições de saúde.     


        


Vitamina D – É sintetizada pelo corpo através da exposição ao sol e está também disponível em alimentos como gema de ovos, fígado, peixes de água salgada e bebidas fortificadas. A vitamina D ajuda na absorção de cálcio. O consumo diário deve ser de aproximadamente 400 a 800 unidades diariamente, dependendo da estação.       


         


Vitamina K – Até recentemente conhecida pela ajuda na coagulação do sangue, descobriu-se que ela é elemento importante na manutenção de ossos saudáveis. Pode ser encontrada em vegetais verdes como brócolis, couve-de-bruxelas, alface, espinafre e outros.       


         


Exercícios – Correr, andar, dançar e fazer exercícios com pesos e que exijam esforço das pernas favorecem a formação de ossos fortes e protegem contra fraturas. Exercícios também reduzem riscos de quedas, pois eles estimulam o equilíbrio. Ideal, contudo, é ter a orientação de um profissional de saúde antes do começar.        


         

Lembrando que a doença também pode atingir os homens e pessoas mais jovens, Mota Neto afirma que é importante estar atento aos fatores de risco e consultar sempre o médico ortopedista.