por Denise de Almeida


 



Encerrando as comemorações do ano da França no Brasil, parceria estratégica franco-brasileira que, ao longo deste ano, trouxe diversos elementos culturais, artísticos e acadêmicos da cena francesa contemporânea para todo o país, ainda há tempo de acompanhar a programação em três cidades brasileiras. Confira!       


    


Em Petrópolis, a gastronomia francesa    


     


De 12 a 22 de novembro, o Petrópolis Gourmet, festival gastronômico da região serrana do Rio de Janeiro este ano em sua nona edição, também vai homenagear a França. Com o tema ‘Vive La France – O Reflexo da Culinária Francesa na Cidade Imperial’, o evento quer disseminar as faces e peculiaridades da culinária francesa, aliadas às raízes da colonização desta civilização no município, e envolve uma extensa programação com chefs renomados, oficinas, baile de máscaras, cursos, competições e atrações voltadas para um público de todas as idades.    


Participam também os principais restaurantes da cidade, com a criação de um menu de acordo com o tema. A riqueza de ingredientes, a sabedoria na maneira de utilizá-los e o requinte nos mínimos detalhes, além da diversidade de pratos e a imensa quantidade de ingredientes frescos e bem conservados contribuem para a formação de uma cozinha elaborada e sofisticada.    


O Petrópolis Gourmet está no calendário oficial de eventos não só do município, mas também do estado do Rio de Janeiro, e foi chancelado pelo Ministério da Cultura na programação oficial do Ano da França no Brasil. Além de contribuir para o desenvolvimento cultural do público e da região que está inserido, é uma oportunidade de expor a multiplicidade da arte e da cultura da cidade.    


    


Em Brasília, inspiração no clássico Alice no País das Maravilhas    


    


Esqueça as medidas. Entre em um mundo onde as proporções e escalas têm como referência os sonhos, o universo lúdico e as inúmeras possibilidades da criatividade humana. Essa é a proposta da exposição Um Mundo Sem Medidas, em cartaz no Complexo Cultural da República, em Brasília (DF).    


Aberta a visitação até 20 de novembro, a exposição reúne trabalhos de 13 artistas franceses contemporâneos, os quais, por meio de instalações e fotografias, buscam novas referências para o mundo real, lançando mão de medidas improváveis e conduzindo o visitante por caminhos inusitados, onde ficção e realidade dialogam em uma belíssima mostra inspirada no clássico Alice no País das Maravilhas.    


Com curadoria da francesa Valerie Marchi, Um Mundo sem Medidas une nomes consagrados da arte contemporânea francesa, como Mireille Loup, Philippe Ramette, Gilbert Gracin, Bertrand Gadenne, Françoise Pétrovitch, Gabriela Vanga e Jeremy Dickinson, entre outros. Juntos, eles constroem uma nova visão de mundo, lançando mão de materiais como vídeos, próteses, fotografias, cerâmica e uma grande dose de criatividade para subverter as medidas-padrão e transportar o público ao mundo sem medida da fantasia.    


    


Em Salvador, três anos para as esculturas de Rodin    


    


Em cartaz desde 26 de outubro, a exposição inédita ‘Auguste Rodin, homem e gênio’ ficará em cartaz no Palacete das Artes, em Salvador (BA) por três anos. São 62 obras originais do grande escultor francês, considerado o pai da escultura moderna, que foram cedidas pelo Museu Rodin Paris, o primeiro ato do gênero da instituição francesa, e devem voltar a Paris somente daqui a três anos.    


Projeto que vai além do Ano da França no Brasil, as peças foram esculpidas em gesso, em uma tradução da técnica de Rodin, que costumava trabalhar com este material, deixando que seus assistentes fundissem o metal para finalização e reprodução de suas obras. Para Rodin, somente o gesso era capaz de moldar sobre o que já fora criado, o metal ou o mármore impediam as torções e contornos necessários a sua representação artística.    


Entre os destaques da exposição, estão obras como “O Beijo”, “O Pensador”, “O Escultor e Sua Musa”, “Eva”, “A Defesa”, “O Desespero”, “Terceira Maquete para a Porta do Inferno”, “Glaucus”, “O Sono”, “A Meditação”, “A Eclesiástica” e a “Danaide”.