por Márcia Alves


 



Nenhum outro segmento do mercado de combustíveis incorporou tantas evoluções tecnológicas quanto os postos de serviços. Jorge Luis Modesto acompanhou de perto essas mudanças, especialmente nos últimos 18 anos, tempo em que existe a MM Comércio, Manutenção e Instalação, empresa fundada por ele e por Pedro Morezuela. À frente da MM, que inicialmente dedicava-se apenas à instalação de tanques e bombas em postos, Modesto diz que viu os antigos e feios postos de gasolina se transformarem nos modernos postos de serviços da atualidade.


“O primeiro tanque jaquetado em São Paulo foi a MM que instalou num posto na Marginal do Tiête”, recorda-se. Desde então, ele conta que muitas outras inovações em equipamentos foram colocadas no mercado. Caso da tubulação em polietileno, feita em material flexível e revestida por uma camada de poliamida, impermeável a hidrocarbonetos, cuja junção é feita por meio de eletrofusão. “Esse tipo de tubulação é contínua, ou seja, não apresenta emendas. Além disso, em cada extremidade é instalada uma câmara de contenção”, explica.


Até então, a tubulação em aço galvanizado, segundo Modesto, era responsável por grande parte dos vazamentos de combustíveis no solo. “Era comum encontrarmos nos postos tubulação em aço, cujas junções, a cada seis metros em média, se tornava um ponto de vazamento”, diz.


Certificação: um avanço


Mas, tamanha transformação, a seu ver, está relacionada à edição da Resolução 273 do Conama, em 2001, que obrigou os postos a adotarem medidas de proteção ao meio ambiente. Para Modesto, o maior avanço, entretanto, foi a certificação obrigatória para equipamentos e também para serviços de instalação. Por ocasião do início do processo de licenciamento ambiental dos postos, ele conta que não havia como saber se as empresas instaladoras de tanques e bombas estavam obedecendo as normas.


Foi então que ele decidiu “arregaçar as mangas” e trabalhar, por meio da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços (Abieps), para incentivar as instaladoras a obterem a certificação. Modesto atingiu seu objetivo, porém, se queixa que ainda hoje a MM sofre com a concorrência de empresas não certificadas. “Elas não duram muito no mercado, mas deixam estragos nos postos onde instalam os equipamentos”, afirma o diretor da MM, Pedro Morezuela.


Mais atividades


Nos últimos anos, a MM também diversificou sua atuação, realizando instalação de estruturas metálicas, comunicação visual dos postos, construção civil, testes de estanqueidade e, mais recentemente, assumiu serviços relacionados à adequação ambiental, como sondagem, remediação e verificação de passivo. “Ampliamos nossa atuação para atender uma necessidade de mercado. Hoje, temos condições de trabalhar na construção de um posto, desde o projeto até a entrega das chaves à distribuidora ou ao operador”, afirma Modesto.