por Denise de Almeida


 


Diariamente, são produzidas toneladas de lixo em todo o mundo. Só no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são despejadas, diariamente, cerca de 240 mil toneladas de lixo em lixões, aterros sanitários, leitos de rios, córregos e até em ruas e calçadas.


Saturados, os lixões e aterros (muitos irregulares) já não comportam o grande volume de detritos e, pior que isso, esse acúmulo de lixo em contato com as condições climáticas acaba produzindo o chorume – um líquido escuro, altamente tóxico, que polui a água do lençol freático – e o metano – um gás super prejudicial à atmosfera, considerado o grande vilão do efeito estufa.


Além disso, ainda representa um grande risco para a saúde humana, já que propicia a proliferação de insetos e roedores, vetores comuns de doenças como febre amarela, dengue e leptospirose.


Isso tudo sem falar do lixo depositado no leito dos rios e córregos, que pode provocar assoreamentos, enchentes e contaminação da água, afetando o meio ambiente e a saúde da população.


Em contraposição a essas práticas, ecologicamente incorretas, vem-se estimulando o uso de métodos alternativos de tratamento ao lixo, como a compostagem, a reciclagem e a incineração (queima do lixo), se bem que esta última, menos aceitável, já que polui o ar e exige grandes investimentos para a construção de incineradores.


A compostagem é uma maneira fácil e barata de tratar o lixo orgânico (detritos de cozinha e fragmentos de árvores, por exemplo). Já para o lixo inorgânico (plásticos, vidros, metais e papéis), a solução apontada pelos defensores da causa ambiental é a reciclagem, já que, por meio dela, além de reduzir o volume de lixo, é possível reduzir o consumo de matérias-primas.


Tecnicamente, aliás, é possível recuperar e reutilizar a maior parte dos materiais que na rotina do dia-a-dia é jogada fora. Latas de alumínio, vidro e papéis, facilmente coletados, estão sendo reciclados em larga escala em muitos países, inclusive no Brasil.


Contudo, ainda assim, a alternativa mais correta e comentada entre técnicos e autoridades no assunto é: evitar produzir lixo, reaproveitar o que for possível e reciclar ao máximo.


Mas, como fazer isso? Aproveitando melhor o que compramos, escolhendo produtos com menor quantidade de embalagens ou redescobrindo antigos costumes, como, por exemplo, a volta das sacolas de feira para carregar compras.


As dicas estão contidas no Guia de Boas Práticas para o Consumo Sustentável, editado pelo Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), onde, entre outros temas, é possível encontrar informações valiosas sobre como atingir o objetivo de conscientização para a prática de reaproveitamento de materiais em busca da qualidade de vida e preservação do meio ambiente. Confira!