por Cristiane Collich Sampaio


 



Não há dúvida que o sol é benéfico para a saúde humana, pois, entre outros efeitos, auxilia na fixação do cálcio nos ossos, evitando a osteoporose. Porém é um carrasco para a pele.


No Brasil, o câncer de pele é o tipo mais comum de câncer e está relacionado com a exposição direta e continuada aos raios ultravioleta (UVB, especialmente), que incidem sobre o Planeta, com mais intensidade, entre 10h e 16h. Com a destruição da camada de ozônio, a superfície terrestre tornou-se mais vulnerável a essas irradiações.


Há dois tipos de câncer de pele: carcinoma e melanoma. O carcinoma ? que se divide em basocelular e espinocelular ? tem baixa malignidade e responde por até 90% dos casos. Porém, mesmo sem levar à morte, pode causar severas deformações físicas. Ele se manifesta, geralmente após os 40 anos e de forma indolor, por meio de feridas que não cicatrizam e pelo desenvolvimento de nódulos, especialmente em áreas expostas ao sol. É mais freqüente em pessoas com olhos, pele e cabelo claros. Quem trabalha ao ar livre, por exemplo, e tiver essas características, deve ter cuidado.


Já o outro tipo, o melanoma, é maligno, causa metástase (processo em que células cancerosas da região afetada são levadas pelos fluídos do corpo, se instalam em outros órgãos e ali desenvolvem um novo câncer) e se não diagnosticado precocemente e tratado, pode levar à morte. Pode aparecer em qualquer parte do corpo, mesmo nas que não recebem raios solares, especialmente a partir dos 15 anos de idade. O surgimento de uma pinta escura de bordas irregulares, acompanhada de coceira e descamação é um dos sinais, como também mudanças em pintas preexistentes. É o câncer que mais cresce no mundo: a incidência aumentou 20% nos últimos dez anos. Para 2008, de acordo com a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, estão previstos quase 6 mil novos casos.


 


Fatores de risco e prevenção


 


Os fatores de risco para todos os tipos incluem sensibilidade da pele ao sol, exposição excessiva e doenças imunossupressoras, mas para o melanoma, também envolvem história pessoal e hereditariedade. E a prevenção se dá pela proteção, desde a mais tenra idade, contra a luz solar. Abaixo, algumas dicas:


? Limite o tempo de exposição ao sol, use chapéu e óculos escuros, proteja-se sob guarda-sóis e evite o horário entre 10 e 16 horas;


? Use filtro solar com fator de proteção 15 ou maior, regularmente, e, em caso de exposição direta e prolongada, reaplique a cada duas horas, no mínimo.


No site do Instituto Nacional do Câncer (Inca) ? www.inca.gov.br ? e no da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) ? www.sbcd.org.br ?, entre outros, é possível encontrar informações mais detalhadas sobre o assunto. Mas nada disso substitui a ida ao dermatologista se observar algo diferente na sua pele.