por Denise de Almeida


 


Circula pela Internet um alerta aos consumidores sobre um novo tipo de fraude que vem ocorrendo também em postos de combustíveis. O golpe consiste em oferecer o terminal para o cliente digitar a senha do cartão de débito sem antes, porém, ter digitado o valor a ser pago. Desta maneira, a vítima, sem perceber, irá digitar e deixar visível a própria senha (que será digitada no lugar do valor, que é visível). Depois de anotado o número do cartão e senha, o golpista reprocessa a operação normalmente, desta vez de forma correta, para efetivar o pagamento.


Assim, de posse do número e senha, lhe será possível fazer quaisquer operações com o cartão, ou, talvez, simplesmente repassar os dados para quadrilhas especializadas em clonagem, já que há relato de funcionário que confessou receber dinheiro para fornecer uma lista de cartões e senhas a um desconhecido.


Segundo Lorenzo Parodi, autor do livro Manual das Fraudes, “não existe um esquema único, por isso, é difícil oferecer a descrição exata do ‘modus operandi’ do fraudador”, lamenta. Mas, em muitos casos, os golpistas obtêm os dados da vítima e o proprietário do estabelecimento nem fica sabendo.


A clonagem de cartões, segundo explica, é um fenômeno em crescimento no mundo inteiro. “Com o advento da Internet, isso ficou ainda mais fácil, porque a maioria dos sites aceita o pagamento com cartão de crédito, o que facilita a compra por parte de qualquer pessoa que tenha os dados”, diz.


Por isso, Parodi aconselha aos consumidores maior atenção no momento da transação. Especificamente para o revendedor também fica o alerta, já que, neste caso, o proprietário do estabelecimento pode ser considerado o fraudador.