por Denise de Almeida


 


22 de Março, Dia Internacional da Água. A Terra possui cerca de 1,39 bilhões de km3 de água, distribuídos em mares, lagos, rios, aqüíferos, gelo, neve e vapor. Somos o Planeta-Água e, apesar disso, dos exíguos 2,5% de água doce existentes no mundo, apenas 0,4% estão disponíveis para consumo.


Segundo relatório da Unesco, órgão da ONU para a educação e responsável pelo Programa Mundial de Avaliação Hídrica, mais de um sexto da população mundial, ou o equivalente a 1,1 bilhão de pessoas, não tem acesso ao fornecimento de água doce.


A situação tende a piorar com o desmatamento, a poluição ambiental e as alterações climáticas dela decorrente: estima-se que será reduzido em um terço o total de água doce disponível no mundo.


No Brasil, as águas que se perdem nos encanamentos, evaporam durante as irrigações e não são tratadas depois de poluídas formam um conjunto que representa a maior ameaça ao abastecimento: 40% da água retirada no país é desperdiçada.


Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), são retirados dos rios e do subsolo no Brasil 840 mil litros de água a cada segundo. Ao dividir esse número pela população de 188,7 milhões de brasileiros, chega-se à conclusão de que cada habitante consumiria, em média, 384 litros por dia. No entanto, quando se leva em conta o consumo efetivo, o gasto médio diário do brasileiro cai para 185 litros. Parte da diferença (199 litros) é utilizada na agricultura, na pecuária, na indústria, mas a maior parte, em torno de 150 litros, é desperdiçada.


Assim, além de todas as informações que já temos sobre economia de água, é importante saber que:


As grandes metrópoles têm edificações, em sua maioria, com sistemas hidrossanitários (bacias e válvulas sanitárias, torneiras, chuveiros, entre outros) gastadores. Promover a troca de equipamentos gastadores por outros, economizadores – como bacias e válvulas que consomem 6 litros por acionamento, em vez dos 12 ou até mais de 20 litros por acionamento –, consumidos pelos equipamentos defasados, a instalação de arejadores e restritores de vazão em torneiras e chuveiros, entre outros, são instrumentos bem-sucedidos de diminuição do consumo.


Os equipamentos economizadores estão disponíveis – e obrigatórios, por norma da ABNT – em nosso país desde 2003. Programas racionalizadores já foram adotados em Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México. Nova York instalou, entre 1994 e 1996, mais de 1 milhão de bacias sanitárias economizadoras, com incentivo aos moradores e empresários para as trocas, e passou a poupar 216 milhões de litros de água por dia.


Além disso, nunca é demais frisar:


·         Use a vassoura para limpar a calçada e o balde para lavar o carro, ao invés da mangueira;


·         Não tome banhos demorados;


·         Escove os dentes e faça a barba com a torneira fechada. Abra-a apenas para enxaguar;


·         Mantenha a válvula de descarga regulada;


·         Só ligue a máquina de lavar louça e a de roupa quando elas estiverem cheias;


·         Ao lavar a roupa, aproveite a água do tanque ou máquina de lavar e lave o quintal ou a calçada, pois a água já tem sabão;


·         A cada copo de água que você toma, são necessários pelo menos outros dois copos de água para lavá-lo. Combata o desperdício;


·         Use um regador para molhar as plantas em vez de utilizar a mangueira. Faça isso sempre no final da tarde ou à noite, para evitar evaporação;

Se você tem uma piscina de tamanho médio exposta ao sol e à ação do vento, perde aproximadamente 3.785 litros de água por mês por evaporação. Com uma cobertura (encerado, material plástico), a perda é reduzida em 90%.