por Márcia Alves

Inspirados no exemplo da Colômbia, onde o uso do número da placa da moto no colete do motociclista acarretou na redução de assaltos a estabelecimentos comerciais, os vereadores de Belo Horizonte (MG), querem que o capacete seja emplacado. De acordo com a Polícia Militar, no mês de maio, foram registrados 251 roubos à mão armada na capital, sendo que 25% deles foram cometidos por assaltantes que usavam motocicletas. Por isso, o projeto de lei nº 453/05, do vereador Alberto Rodrigues (PV), foi aprovado em uma das comissões da câmara e seguiu para votação em segundo turno.


 


Segundo a assessoria do vereador, a identificação mais fácil do condutor, protegeria o cidadão contra assaltos e coibiria a violência. De acordo com o projeto, a placa deverá ter 15 cm de largura e 8 cm de altura e ser fixada no capacete do condutor e do passageiro da motocicleta, prevendo, ainda uma multa de R$ 150 para aqueles que não cumprirem a determinação.


 


O presidente da Associação Brasileira de Motociclistas (Abram), Lucas Pimentel, criticou a proposta, alegando que a categoria também é vítima de assaltos, e que já existem várias resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que visam identificar o motociclista. A mais recente, segundo ele, obriga que todos coloquem uma fita luminosa na placa da moto. “Por enquanto, as resoluções são suficientes, e se todos a cumprirem, talvez nem haja espaço para colocar mais alguma coisa no capacete”, diz Pimentel.