A partir do próximo ano, todos os veículos que compõem a frota da cidade de São Paulo, cerca de 5,5 milhões, serão obrigados a ter catalisador. Pela lei, rodar com um automóvel sem o dispositivo, com ele danificado ou adulterado pode ser considerado crime ambiental e render ao proprietário ou à empresa responsável uma multa que varia entre R$ 500,00 e R$ 10 mil. De acordo com o Programa de Inspeção Veicular de São Paulo, que a Prefeitura de São Paulo colocará em funcionamento no próximo ano, o perfeito funcionamento do catalisador será condição para o motorista obter o certificado de aprovação do veículo e realizar o licenciamento. Proprietários cujos automóveis forem reprovados ou rejeitados terão um prazo para fazer a manutenção necessária e voltar para novo teste.
Instalado no sistema de escapamentos, o catalisar tem por objetivo reduzir a emissão de gases poluentes produzidos pelo motor. A peça é formada por um núcleo, cerâmico ou metálico, que abriga uma camada de metais nobres; uma manta expansiva, funcionando como um isolante térmico; uma cápsula ou carcaça metálica, cones de entrada e saída, e flanges. Segundo relatório de qualidade do ar elaborado pelo órgão ambiental do estado (Cetesb), os veículos automotores na Região Metropolitana representam 98% das emissões de monóxido de carbono, 93% de hidrocarbonetos, 96% de óxidos de nitrogênio, 35% de óxido de enxofre e 40% de material particulado.
Para evitar danos no catalisador
evite andar com o carro quase sem combustível.
não insista excessivamente com a ignição para fazer o carro funcionar.
preste atenção sempre no nível do óleo; ele nunca deve estar em excesso.
não coloque aditivos no combustível ou no óleo lubrificante, que não sejam recomendados pelo fabricante.
evite tentar dar partida no carro empurrando ou numa descida (no "tranco", como se diz popularmente).
tome cuidado com as lombadas, pois os impactos podem rachar o catalisador.
cuide para não bater o assoalho do veículo.
faça revisão na parte elétrica do veículo periodicamente.
fique atento para que não entre água pela ponteira quando o escapamento estiver aquecido.
Fonte: Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), formado pelo Sindipeças, Andap, Sincopeças-SP e Sindirepa-SP.